sábado, 9 de março de 2013


                  CRIAÇÃO E REPRODUÇÃO DE MICHOCAS





A criação de minhocas (minhocultura) é, entre nós, uma atividade recente e desconhecida do grande público. A exemplo dos demais países da América do Sul, ela teve início no final de 1983, com matrizes trazidas da Itália pelo Comendador Lino Morganti, para a sua propriedade em ltú (SP).

      
Thomas Barret, considerado o "pai" da criação de minhocas em cativeiro, foi o primeiro a demonstrar a viabilidade de criá-las em larga escala, através de um sofisticado sistema de canteiros, na década de 40, nos EUA, daí ser esse país considerado a pátria da minhocultura.
     
O comércio de minhocas vivas, como isca para a pesca esportiva, tem sido o grande responsável pelo desenvolvimento da minhocultura em muitos países.

      
Nos EUA, estima-se que os 100 milhões de pescadores ali existentes movimentam centenas de milhões de dólares anuais com o comércio de minhocas para finalidades esportivas, dispondo, para tanto, até de "containers" de tipo "caixa 24 horas".

      
No Brasil, os baixos investimentos exigidos na sua criação têm levado muitas pessoas a se interessarem em explorar a minhocultura como uma fonte de carne (proteína) barata, para a alimentação de pequenos animais, como rãs, peixes, aves, camarão-de-água-doce, e, principalmente, na produção de húmus, esterco de minhoca ou vermicomposto (terra vegetal), para fins de jardinagem, florístico, de paisagismo e da agricultura em geral, capaz de proporcionar-lhes um rendimento extra.
     As minhocas são animais que se caracterizam, em particular, por apresentarem os seus corpos segmentados, interna e externamente. Esses segmentos (somitos) que, conforme a espécie, variam enormemente, desde sete nas espécies microscópicas, até mais de quinhentos nos minhocuçus, e assemelham-se a pequenos anéis, daí o porquê de elas serem chamadas de anelídeos, do Phylum  Annelida.
     De acordo com o número e o tamanho desses anéis, são encontrados indivíduos desde cinco milímetros de comprimento até 3,30 metros, como a Megascolides australis, a gigante das minhocas.

      Em todo o mundo, estima-se que existam cerca de 1.800 espécies de minhocas, ou mais de 3.000, incluindo-se as desconhecidas.
Reprodução
     Os oligoquetas, como também são conhecidas as minhocas, são animais hermafroditos, isto é, apresentam os órgãos reprodutores masculinos e femininos num mesmo indivíduo. Entretanto, eles não conseguem se autofecundar, havendo a necessidade do concurso de um parceiro.

     É interessante sabermos que a minhoca é hermafrodita e que após o acasalamento, cada indivíduo, sem distinção, irá produzir um casulo com até 7 ovos por dia (espécies comerciais).
Espécies Comerciais
Apenas três espécies são criadas comercialmente:

1- Eisenia foetida, ou minhoca dos montes de esterco;
2- Lumbricus rubellus, ou minhoca de resíduos orgânicos, a "verdadeira" Califórniana (California-red). Essas duas espécies, embora sejam de origem européia, são conhecidas comercialmente como "vermelha da Califórnia"; e
3- Eudrilus eugeniae, "african nightcrawler", a gigante africana, de introdução mais recente, que vem se constituindo na "vedete" das minhocas, entre criadores e pescadores.


1-
Minhoca dos montes de esterco










2-
 Minhoca de resíduos orgânicos










                                                                 
3-
   Minhoca gigante africana



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